Só se escuta as pessoas falando de política em todos os lugares. E isso é bom, já que a gente sempre reclamou que o brasileiro não se interessava por política, que éramos alienados e por isso nossos problemas só se agravavam enquanto nos distraíamos com o famigerado “pão e circo”.
Mas quando a recessão deixa um povo de joelhos, o tom das discussões costuma se agravar. O senso de urgência e de calamidade se aprofunda. É tudo ou nada, é a última chance, é o único caminho. E quando o ruído é tão alto que impossibilita a conversa a histeria só se agrava.
E se tentarmos dissipar um pouco a névoa, tomar uma distância e entender melhor o cenário. Falamos sobre como estamos lidando com os espantalhos uns dos outros, e não conversando com os reais anseios, preocupações e valores uns dos outros. Falamos sobre como o cenário se assemelha a uma briga de casal, em que todos gritam, ninguém escuta, e em que os assuntos debatidos no fundo são uma cortina de fumaça para encobrir os temas que realmente importam e parecem grandes, complexos e doloridos demais para se abordar.
Vamos nos ajudar nesse difícil exercício de abrir mão dos espantalhos e dialogar com as pessoas reais. E também para nos ajudar a refletir sobre a dificuldade de ser objetivo em um cenário tão apaixonado, tão enlouquecedor. A cada depoimento as narrativas se entrelaçam, as palavras se repetem e desembocam em respostas distintas. Vamos escutar estas histórias para acolher a humanidade e a singularidade de cada eleitor. Não estamos em lados opostos, a gente quer a mesma coisa, um Brasil decente. Vamos todos juntos de mãos dadas! Ouçam o @mamilospod dessa semana. http://liketk.it/2xZqM liketkit @liketoknow.it